Até a 11 de janeiro de 2026 | De terça a domingo, das 10h às 18H | 

Museu de Lisboa – Palácio Pimenta

A obra de Francisco Keil do Amaral (1910-1975) liga-se profundamente com Lisboa e com a criação do Museu de Lisboa. Ao longo de 27 anos, idealizou quatro propostas para a construção de um Palácio da Cidade para coroar o topo do Alto do Parque Eduardo VII e a adaptação do Palácio Pimenta a museu. Quando passam 50 anos da morte de Keil do Amaral, esta exposição mostra aspetos menos conhecidos desses projetos, que apesar de nunca chegaram a sair do papel são reveladores da sua evolução enquanto arquiteto e do pensamento urbanístico sobre o Alto do Parque Eduardo VII.

Arquiteto municipal durante dez anos (1938-1948), e por conta própria depois disso, Keil do Amaral desenvolveu vários projetos que mudaram a face da cidade e lhe conferiram marcas de modernidade e de monumentalidade, ainda hoje presentes, como a primeira versão do aeroporto. As intervenções urbanísticas e paisagistas no Parque Florestal de Monsanto e no Campo Grande são duas manifestações de uma ação cívica que pretendia moldar mentalidades, transformar comportamentos sociais e obrigar os agentes decisores autárquicos a planear a cidade.

Com recurso a objetos do Museu de Lisboa, do Arquivo Municipal de Lisboa e do Gabinete de Estudos Olisiponenses, esta exposição destaca também a constante relação que existiu entre diferentes arquitetos e os projetos também nunca concretizados para o prolongamento da Avenida da Liberdade e para o Palácio da Justiça.

A juntar ao plano não realizado para ampliação do Palácio Pimenta – uma longa ambição de várias gerações de dirigentes do Museu da Cidade e do atual Museu de Lisboa –, esta exposição permitirá conhecer os muitos projetos pensados para uma Lisboa que está, afinal, em constante transformação.